sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Prefácio

 

  Prefácio

 Esse trabalho foi escrito em 2009, publicado e registrado na biblioteca nacional em 2010, no entanto, como eu havia retirado de circulação comercial, e agora reescrevi a obra em uma linguagem mais fácil.

  O livro tende evidenciar coincidências entre vários aspectos da existência, seguindo um percurso entre os números e narrativas históricas que nos levam a uma origem comum pras bases religiosas e sociais que influenciam desde o mundo antigo até os dias atuais.

  Ela está nas bases da existência, em grandes corporações, sociedades, religiões e civilizações a usam a milênios, assim como grandes sábios de nossa história, já tinham conhecimento de que isso é uma das chaves de nossas vidas, é algo simbólico e simples. No entanto, com um complexo significado oculto, e esse livro irá te revelar esse mecanismo criador que é a ordem secreta do olhar divino, em uma abordagem de fácil assimilação, e de fácil leitura.

  “Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz.” passagem da bíblia.

introdução

 

  Introdução

O ser humano busca em sua jornada existencial, seu futuro, e sua origem, sendo que a origem pode explicar as consequências dadas em seu presente,

e a partir disso tenta prever seu potencial futuro, o homem pra conseguir esse objetivo, usa vários aparatos tecnológicos e métodos analíticos, e talvez

são os materiais de maior custo, construídos pra essa única finalidade, com isso conseguimos chegar aos olhos do divino ou mais conhecida como a grande explosão. No entanto, um pouco mais próximo a nós, as variáveis que se formulam sobre nosso passado, vão moldando nossa história muita das vezes com um intuito analítico que nos leva considerar outras devidas hipóteses a serem esclarecidas, e aqui que apresentamos nesse breve trabalho á evidenciar um novo, caminho para o passado e a inspiração de nossos ancestrais para representação existencial de nossas vidas.

O algarismo peculiar nas religiões.

 

  O algarismo peculiar nas religiões

 Para começarmos a trilhar o caminho secreto ao divino, vamos ter que voltar em uma época remota da humanidade, até porque, a ordem em nossa história é ancestral, e nesse caso vamos voltar mais precisamente ao antigo subcontinente indiano.

 Em uma época remota onde os ensinamentos eram passados de modo oral anterior ao método de escrita, e a ritualística tinha como base a natureza, e onde o ser humano tinha intima ligação, com uma vida selvagem, e estava em uma dialética constante com essa, a partir disso começou por base em uma noção primitiva, criada a partir já de um raciocínio que transgredia a sua natureza instintiva através de uma consciência de ampla percepção do eu, com o meio em que se inseria, começou a moldar com uma linguagem simbólica e metafórica baseando se em um contexto antropomórfico, sendo que esse se deve ter nascido a partir das necessidades de sobrevivência, ter usado a pele de animais como felinos bovinos ovinos penas de pássaros, para se proteger do ambiente local, e a partir disso foi se criando a crença em que ao se fazer isso, se adquiria a qualidade simbólica daquele animal, como força agilidade e velocidade.

Isso com o tempo, foi ganhando uma simbologia representativa ao ponto de se tornar tradição e religião natural. Há exemplos disso que aparecem no xamanismo ou em pinturas rupestres, ou mesmo até nos selos da região do vale do indo, onde floresceu talvez o que venha a ser a primeira religião que se tenha noticia, a religião védica, e que ainda é praticada no dia atuais, isso devido a uma persistente doutrinação que era até base pra sobrevivência a salientar que os vedas não foram propriamente apenas uma religião, foi toda uma civilização que é descrita nos sânscritos védicos, “sânscrito é a escrita do idioma dos vedas".

A deixar claro que, há muita controvérsia sobre a origem da cultura védica ser proveniente de povos arianos, devido a uma invasão no sub continente indiano, talvez por interpretações mal colocadas do próprio sânscrito feitas por estudiosos europeus que na época atendia a uma política que desde 1600 servia á colonização para exploração das Índias e o que causou uma verdadeira catástrofe humana, em detrimento dos interesses de mercado da época.

A dizer que o sânscrito é muito elegante moderno para sua época, e surgiu a milênios antes de cristo.

 Para sermos no mínimo imparcial e plausível para origem dos vedas, temos que analisar o movimento em que os seres humanos fizeram anterior a essa civilização que é pelo sentido genético e migratório, algo que os cientistas da época que afirmaram que a cultura védica ter surgido devido a uma invasão ariana não dispunha de tal ciência para analise.

A 70.000 anos atrás na última era glacial

 

 A 70.000 anos atrás na última era glacial, os seres humanos do norte provavelmente com as características dos arianos, tiveram que migrar pra regiões tropicais próximas a linha do equador, devido a uma erupção do vulcão da ilha de Sumatra que derrubou as temperaturas 12 (graus) a menos, e isso se estendeu por 1000 anos, mundo afora, e que já era baixa devido à glaciação. Tudo isso, devido pela grande quantidade de resíduos jogados na atmosfera que acabou tampando a luminosidade do sol e diminuindo os recursos de alimentos, esse acontecimento pode ter dado origem ao que os geneticistas chamam de gargalo genético.

Tal fato pode ser evidenciado nos dias atuais com a descoberta de genes de neandertais em africanos modernos trazidos provavelmente de europeus desta época, temos que compreender que nessa época diminuiu drasticamente a quantidade de indivíduos na terra, chegando quase a extinção humana.

Posterior a isso, a 15 mil anos atrás ouve uma elevação da temperatura o que propiciou que os povos, do sul pudessem subir e se espalharem mais ao norte, esse período durou mais ou menos 3000 anos, o que deu tempo suficiente para a miscigenação e a mescla de culturas dos povos do norte e do sul que se encontraram durante essa época de aquecimento.

A partir desse ponto, o que poderia ter dado naquela geração o que podemos chamar de um hibrido dessas duas culturas ou povo proto indo-europeu, e que dentro dele tenha gerado um troco linguístico e cultural que podemos nos referir como sendo proveniente aos vedas, e que após isso, foi se espalhando pra outras regiões, tanto é que os antigos agricultores europeus, que tinham alguma ascendência relacionada ao caçador-coletor europeu do ocidente e se originaram no oriente próximo, também derivam próximo de 44% de sua ancestralidade dos eurasianos de base.

A dizer que a agricultura nesse período era muito mais favorável na região dos trópicos, e ela acarreta o desenvolvimento de outras habilidades importantes para se plantar, como saber contar os ciclos das estações a contabilidade, o que leva a aprimorar o raciocínio matemático e posteriormente o método da escrita, portanto, habilidades mais prováveis de terem sido desenvolvidas supostamente antes pelos povos ao sul ou mais perto dos trópicos.

Após esse período, repentinamente houve uma queda abrupta das temperaturas, período esse chamado de Drias recente, sendo esse um breve período de frio, o que supostamente fez com que os povos dessa mescla cultural do norte e sul, novamente migrassem para o sul para sobreviver do frio, e já com a cultura védica consolidada, pois, é quase improvável que a cultura védica tenha sido posterior aos 8000 anos de história do vale do indo.

 A partir dai se fomentou a cultura védica ao ponto de influenciar outras regiões do globo que supostamente tinham contato com esse povo, que é o caso das relações indo mesopotâmicas, e tal encontro começou a partir já dos Sumérios.

 

Na cultura védica foram registrados quatro livros históricos composto por hinos, no entanto eles narram também a época em que foram escritos, os principais livros que são; Rigveda, Yajurveda, Atarvaveda, Samaveda, conhecidos como os sânscritos védicos, sendo que o Rigveda, é uma verdadeira joia escrita, pelo seu valor histórico, pois é uma obra antiquíssima de milhares de anos antes da éra cristã.

Vamos aos fatos; sabemos que as civilizações com planejamento urbano do vale do indo são as mais antigas encontradas até presente momento, uma referência pra isso é o livro intitulado; A Chave Celestial dos Vedas: Descobrindo as Origens da Civilização Mais Antiga do Mundo de B. G. Sidharth, onde o autor descreve que a civilização védica possa ter surgido a 10.000 anos a/c, a partir de análises astronômicas muito precisas, e sendo que esse livro foi escrito em 1999, além disso segundo a revista Cientifique Relatears em uma publicação de 2016, a civilização no Vale do indo tem de fato 8.000 anos, e isso já com analises cientificas e teste de datação por carbono 14.

  A falar que as civilizações do vale do indo eram também muito sofisticadas pra seu tempo onde já se existiam cidades bem povoadas, faziam intercambio comercial e tinha se um sistema agrícola bem desenvolvido, as cidades tinham até sistema de esgoto o que leva a ser as primeiras cidades com planejamento urbano, a lembrar que estamos falando aqui da primeira civilização urbana que se tem notícia, e suspostamente o primeiro polo científico da antiguidade.


Uma possível origem comum.

   Uma possível origem comum.

O que vamos explorar aqui é a raiz primaria da origem milenar da questão, pois, tudo que veio posteriormente, é a prognose transferência ancestral histórica e que se evidência em muitas religiões, inclusive as ditas religiões abraâmicas.

Pra isso temos que trazer o que se difundiu extensamente entre as escrituras sagradas dessas religiões, e comparar o que existe de similaridades entre elas, e como a civilização védica pode se considerada a mais antiga então vou usar ela de base pra percorrer um caminho singular entre elas, que é pelos números e aqui o número sete se destaca, que é um desses algarismos entre as civilizações tem suma importancia devido a astrologia e devido a outro fator, pois o número sete tem um uso singular na percepção relacionado com o espéctro das cores.

Sendo os sete e o três os algarismos sempre são, evidenciados em passagens importantes dessas religiões, o sete que compõe os sete dias da semana e também pode se chamar de número do ciclo lunar que influencia as marés e as plantações, isso é de extrema importância pra sobrevivência, então esse número é muito apresentado pelas religiões tanto por essa questão lunar quanto pela correspondência com dias da semana.

No antigo mapa rigveda, tinha sete rios sagrados, e segundo as escrituras do rigveda, sobre as terras vedicas todos desaguavam no oceano sendo que o principal rio védico era o Sarasvati, que secou a 4000 anos a/c.O ser humano usa o sistema decimal de contagem visto que o nosso sistema numérico é baseado na quantidade de dedos que nós temos nas mãos, o Shulba Sutras védico são provavelmente a primeira linguagem matemática usada pra fins religiosos e que provavelmente se deu origem pelo sistema decimal do homem primitivo.

Essa linguagem usava os algarismos de 0 a 9, e vem do devanágari, que significa escrita urbana dos deuses, urbano significa pessoa que vive em cidades, provavelmente esse sistema já era usado nas antigas cidades do vale do indo por conta do comércio, e de fazer altares para o culto ao fogo.

No entanto, não se sabe se o homem primitivo tinha noção do zero, mas a questão dos sete rios sagrados se dá na subtração de sete em dez o que sobra e o três, e três é mesmo o formato geométrico no Shulba Sutras, e no símbolo ancestral védico do hinduísmo o om.


Os sete rios sagrados do rigveda são; Rio Ganges, Yamuna. Sarasvati, Indo, Godavari, Narmada e Kaveri, esses rios na antiga região védica e tinham acesso para o oceano.

Ainda segundo a mitologia védica existiam sete grandes sábios ou Saptarishis, sendo esses sábios; Agastya; Atri, Bhardwaja, Gautam, Jamadagni, Vashistha, Vishvamitra, cada sábio tem um papel importante na cultura védica, assim como cada rio sagrado, sendo que todos são de certa forma referenciados.

Sabendo-se que o sânscrito e uma das línguas de origem indo-européias mais antigas que se tem notícia isso, ainda assim vemos traços fonéticos semelhantes dela em outras línguas, contemporâneas.

O OLHAR E A ORIGEM DIVINA.